segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

nós na garganta...

Pergunta : "Quando é que sabemos se gostamos realmente de uma pessoa?"
Resposta : "Quando se sente saudades!"

Eu acho que sim. Não é o estar longe! Nós sentimos saudades até se estamos perto! Se estamos no mesmo espaço que uma pessoa e sentimos saudades de dar carinhos, e algumas vezes até olhar mata a saudade...as vezes...As saudades não tem limite de distancia, nem mínimo nem máximo, o único limite que existe na saudade é estarmos preenchidos...ou não!...Eu sinto saudades...e que saudades... Não falo de família porque nesse caso as saudades são "banais", falo de saudades de alguém que que nos preenche, de alguém que nos faz sentir que vale a pena sentir saudades...falo de alguém que é capaz de despertar o melhor que temos dentro de nós! Sinto saudades logo gosto de alguém...será que é assim tão objectivo? Para mim é. Tanta vez que senti saudades de abraçar, beijar, tocar, e só um olhar...e a saudade desaparece...voltando logo de seguida! É uma saudade constante! Isso é que é gostar de uma pessoa! Eu gosto!!! Não o escondo...talvez esconda o quanto gosto...escondo...por sentir que não existirá uma saudade tão emotiva do outro lado...Sinto saudades todo o dia...se estas saudades que se sentem quando estamos longe quantificam o quanto se gosta de alguém então eu não as quero sentir! São enormes e estilhaça-me o coração! Quero voltar a sentir aquela saudade momentânea, aquela saudade que podemos ultrapassar com um olhar...esta que sinto é demais para mim...ainda mais se a sinto sozinho...Quero deixar de sentir saudades e não consigo...está tudo demasiado entranhado em mim. É um pedacinho de mim que tem todas e algumas e até demasiadas condições para se "estar"! E só a sala de estar está ocupada...
Moral da história: É bom sentir saudades porque elas fazem-nos sentir que gostamos realmente de alguém, mas ao mesmo tempo é melhor sentir saudades quando podemos "acabar" com ela ali mesmo...só essa é boa...a outra faz-nos nós na garganta...

3 comentários:

Heidi disse...

lindo, escreves bem, já te diss?:)é vdd...quando a saudade é carregada por dois, quando se pode matar com um simples olhar, é mais leve!!...deixa lá...toda a gente tem um nósinho desses na garganta...E, a saudade às vezes não é boa? É...E se for em sinal de gostarmos de alguém, ainda é melhor...tenta lá desfazer esse teu nó:)...

Furnas disse...

"É o destino nada fica, tudo passa, e a saudade trespassa o coração."

lembrei-me desta musica depois de ler o que escreveste. =) e ainda de um texto muito bonito do miguel falabella que explica muito bem o que é a saudade.

para ti, com um beijinho*

"Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que
não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida
é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe
como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer
com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas
que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor
de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro,
e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz,
e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer...
Saudade é isso que senti
enquanto estive escrevendo
e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler."

GHAFA disse...

vou imitar o pai natal do anuncio do minipreço (em portugal)


"VERDADE, VERDADE, VERDADE...."

*